12/01/2010

ENTREVISTA COM O TÉCNICO MOSCA

Como foi trabalhar no Luverdense?
Fui pego de surpresa pelo presidente Helmute... Trabalhar em Lucas do Rio Verde foi uma oportunidade, um grande desafio. Eu gosto de desafio!
Treinar o Luverdense foi uma ótima oportunidade, tive muitas alegrias e meu trabalho junto com o presidente foi respeitado. Começamos do zero. Houve uma pré-temporada para parte técnica e física. Passamos da primeira fase da Copa Governador e na segunda fase, o Cacerense vindo como atual campeão, o Jaciara disputando Série C e o Operário vindo da primeira fase invicto. Parecia difícil. Na segunda fase passamos por todos eles e vivos que poderíamos jogar de igual para igual a final. Chegando a final estudei o Cacerense, vi algumas falhas e tentei moldar minha equipe para isolar algumas peças do adversário. Tinha jogadores de qualidade, mas o conjunto prevaleceu. Na minha equipe ninguém era melhor do que ninguém. Eu tinha peças jogando e peças de reposição, todos foram importantes.
O empate na primeira partida da final em Cáceres fui muito importante e a final em Lucas foi inesquecível.

E no Operário?
Trabalhei no Operário já com o campeonato Estadual em andamento e tirei o time da repescagem. Com o Luverdense meu ciclo começou e acabou em 2007. Fui contratado para ser campeão e cumpri meu dever. Hoje estou satisfeito pelo que fiz em 2007. Agora estou sem clube, mas acredito começar outro ciclo logo. Tinha que deixar o Luverdense para outros e seguir meu caminho com outro objetivo, um novo clube será bem-vindo em 2008.

Com quem divide o trabalho bem sucedido em 2007?
O sucesso é de todos que participaram do trabalho: a cozinheira, o pegador de bolas nos treinos, jogadores, comissão técnica até o Presidente do clube. Todos que participaram diretamente e indiretamente.
Mas um ponto fundamental foi o torcedor de Lucas. Os torcedores tinham fama de serem frios e não foi isso que aconteceu. O torcedor do Luverdense apoiou a equipe em todos os jogos. Não perdemos nenhuma em casa e o torcedor foi sim o 12º jogador.

Qual a maior alegria?
Sempre a última conquista é a maior alegria. Ser campeão da Copa Governador. Estou muito feliz.

Maior decepção?
A falta de respeito. No futebol brasileiro as agressões verbais e físicas são lamentáveis. Espero que a conduta dos times europeus com muito respeito seja em breve absorvida pelas pessoas ligadas ao futebol brasileiro. Tento sempre impor respeito com meus atletas, respeito todos que trabalham comigo e gosto de ser respeitado.

Defina o futebol de Mato Grosso?
Como atletA, nunca vivenciei bastidores. Vivia dentro das quatro linhas.
Como técnico vejo que os bastidores do futebol mato-grossense têm dirigentes que querem se alto promover. Dirigentes escalando equipes, fazendo preleção e dando entrevistas em exagero. Atletas e comissão técnica são estrelas. Os dirigentes são peças fundamentais, mais quanto menos aparecem melhor.

Qual a principal característica de Mosca?
Profissionalismo. Vivo 24 horas para o clube. Dedico-me ao máximo ao clube. Não me importo em ficar 4 meses distante da minha família para me dedicar como técnico como fiquei em Lucas. Tive saudade da minha esposa, mas sabia que naquele instante minha presença no grupo de jogadores era fundamental. É meu ganha pão, preciso fazer de tudo quando tenho um objetivo. Mas hoje estou com minha família, isso é ótimo.

O que você acha dos técnicos de Mato Grosso?
Eu acho que existem poucos técnicos. O que existe aqui são falsos técnicos. Pessoas ligadas ao futebol e que não precisam do salário de técnico. Empresários e funcionários públicos que se oferecem para trabalhar como técnico, não valorizando a classe. Trabalham por qualquer salário, é claro não precisam dele. Ocupam o espaço de profissionais da área e desmoralizam a classe do treinador de futebol. Os falsos técnicos "quebram galho", mas quem quebra galho é macaco. "Os dirigentes precisam ver que técnico é técnico e quem gosta de futebol tem que ficar na arquibancada".

Acha que seu trabalho foi reconhecido?
Com certeza... Deus me abençoou. Hoje eu sou reconhecido. Pelo meu trabalho, meus títulos. Isso eu devo a Deus e a minha família. Tive o dom de ser jogador de futebol e agora como técnico estou tendo as mesmas alegrias. Agradeço a impressa os torcedores. Não fujo de minhas responsabilidades eu assumo todos os meus erros e acertos.

Você já treinou os maiores clubes de Mato Grosso e agora?
Já treinei: Diamantino, Palmeiras de Barra do Bugres, União, Operário, Mixto e Luverdense. Meu objetivo é trabalhar sempre em clubes de ponta. Talvez fosse o momento de trabalhar com um empresário, nunca tive um empresário para levar meu nome para outros clubes. Gostaria de treinar clubes em outros Estados. Os times de ponta como, Mixto e Operário sempre estão em meus planos.

Campeão da Copa Governador em 2005, Campeão Estadual em 2006 por mérito e 2007 Campeão da Copa Governador. O que falta?
Sempre quero mais... Conquistas como atleta tive muitas e como técnico quero sempre mais. O espírito de conquista está em mim. Quero sempre buscar vitórias para chegar aos títulos. Agora penso em 2008.

O Mosca técnico quer ter o mesmo sucesso que o jogador?

Como atleta trabalhei em clubes de expressão. Quem me conheceu no Corinthians, Ponte Preta, Vila Nova e Figueirense só se lembram de mim como atleta. O jogador Mosca teve muito sucesso. O técnico Mosca ainda tem que trabalhar muito para chagar ao sucesso do jogador.

Palavras finais de Mosca
O jogador fica nas quatro linhas, o técnico fica na área técnica. Os títulos, as vitórias e tudo que conquistei dentro do futebol queriam que fosse sempre reconhecido para o cidadão, Carlos Henrique Pedroso. Sou um cidadão de bem, acredito em Deus e agradeço a todos que torcem por mim. A minha conduta sempre será de respeito e dignidade. Eu não precisei freqüentar sala de aula para aprender jogar futebol. Deus me deu o dom de Chutar, cabecear e ser um atleta completo. Deus queria de mim apenas uma coisa, o exemplo, sempre humilde e simples, mesmo saindo em jornais e revistas no Brasil todo.
Acho que as pessoas abençoadas por Deus de alguma forma têm que sempre agradecer. Às vezes temos coisas que não damos valor e não olhamos o quanto somos abençoados. Deus quando nos da algo, quer apenas que trilhamos um caminho de paz, harmonia e sejamos homens de principio. Quero sempre ser um exemplo de homem bom para minha esposa, minhas filhas e meus netos.

Fonte: Apito Final
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HISTÓRIA DO SORRISO

O Sorriso conquistou dois títulos de Campeão Matogrossense: 1992 e 1993. Antes, em 1991, foi vice-campeão Mato-Grossense da Segunda Divisão. Em seguida, a melhor participação do SEC em estaduais foi um quarto lugar em 2008. O Sorriso já participou de duas edições da Copa do Brasil. Em 1993 enfrentou o Grêmio (RS). Empatou em casa por 1 a 1 e perdeu em Porto Alegre por 5 a 2. Em 1994, enfrentou o Vitória da Bahia. O resultado foi um empate em casa 1 a 1 na Toca do Lobo. Em Salvador- (BA), o Sorriso acabou derrotado por 4 a 0.

SORRISO ESPORTE CLUBE

Nome: Sorriso Esporte Clube
Cidade: Sorriso - MT
Alcunha: Lobo do Norte
Fundação: 20 de julho de 1985
Estádio: Egídio José Preima (Toca do Lobo)
Capacidade: 5 mil pessoas
Uniforme: Camisa branca com mangas verdes, calção branco e meia verde
Mascote: Lobo Guará

Títulos
1991 – Vice-campeão Mato-Grossense da Segunda Divisão
1992 – Campeão Mato-Grossense da Primeira Divisão
1993 – Campeão Mato-Grossense da Primeira Divisão

Ranking da CBF
Posição: 234º
Pontuação: 4 pontos

BASE FORTE

A base do Sorriso Esporte Clube também tem uma história vencedora. Em 2006 foi terceiro colocado na Copa Governador Sub-18. No mesmo ano foi campeão invicto da Copa Norte Sub-17.
Em 2007, Sorriso foi o segundo colocado no Estadual Sub-18, conquistando a vaga e participando da Copa São Paulo de juniores, onde foi a melhor equipe mato-grossense na competição, com 3 pontos, à frente de Vila Aurora (2 pontos) e Barra (1 ponto).
Sorriso também participou da edição de 2010 da Copa SP de Juniores.

CAMPEÕES MATOGROSSENSES

2009 Luverdense
2008 Mixto União
2007 Cacerense EC
2006 Operário (Varzea Grande)
2005 Vila Aurora
2004 Cuiabá União
2003 Cuiabá Barra EC
2002 Operario (Varzea Grande) ntude
2001 SER Juventude
2000 SER Juventude
1999 Sinop FC
1998 Sinop FC
1997 Operario (Varzea Grande)
1996 Mixto Sinop
1995 Operario (Varzea Grande)
1994 Operario (Varzea Grande)
1993 Sorriso
1992 Sorriso
1991 Dom Bosco
1990 Sinop FC
1989 Mixto
1988 Mixto
1987 Operario (Varzea Grande)
1986 Operario (Varzea Grande)
1985 Operario (Varzea Grande)
1984 Mixto
1983 Operario (Varzea Grande)
1982 Mixto
1981 Mixto
1980 Mixto
1979 Mixto
1978 Operario (Campo Grande)
1977 Operario (Campo Grande)
1976 Operario (Campo Grande)
1975 Comercial (Campo Grande)
1974 Operario (Campo Grande)
1973 Operario (Várzea Grande)
1972 Operario (Várzea Grande)
1971 Dom Bosco
1970 Mixto
1969 Mixto
1968 Operario (Várzea Grande)
1967 Operario (Várzea Grande)
1966 Dom Bosco -
1965 Mixto
1964 Operario (Várzea Grande)
1963 Dom Bosco
1962 Mixto
1961 Mixto
1960 Dom Bosco
1959 Mixto
1958 Dom Bosco
1957 C Atlético Matogrossense
1956 C Atlético Matogrossense
1955 C Atlético Matogrossense
1954 Mixto
1953 Mixto
1952 Mixto
1951 Mixto
1950 C Atlético Matogrossense
1949 Mixto
1948 Mixto
1947 Mixto
1946 C Atlético Matogrossense
1945 Mixto
1944 Americano
1943 Paulistano FC

Com a divisão geográfica do estado do Mato Grosso em duas unidades em 1979, o Operário e Comercial, ambos de Campo Grande passam a disputar o Campeonato Sul-Matogrossense.

Em 2001 a decisão foi entre o Juventude e o Mixto, que, depois de perder a primeira partida por 3x1 não compareceu ao segundo jogo. A Federação nomeou a equipe do União Rondonópolis, que estava em terceiro, como o vice- campeão.

Fonte: Arquivo www.campeoesdofutebol.com.br
Pesquisas de Sidney Barbosa da Silva

Clubes de MT no Ranking da CBF

075 - Mixto (MT): 160
108 - União (MT): 73
136 - Barra do Garça (MT): 38
162 - Dom Bosco (MT): 25
189 - Vila Aurora (MT): 12
221 - Juventude (MT): 06
234 - Sorriso (MT): 04
234 - Cuiabá (MT): 04
246 - Sinop (MT): 03
308 - Luverdense (MT): 01